A Casa Branca anunciou nesta quinta-feira (7) que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai manter sua viagem à América do Sul esse mês para comparecer à cúpula do G20, no Rio de Janeiro, e da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), em Lima, no Peru.
A reunião da Apec, grupo que reúne países do pacífico, incluindo EUA, China, Rússia, Japão, Filipinas e Canadá, acontece na capital peruana dos dias 13 a 15 de novembro. Já a cúpula do G20, da qual o Brasil é anfitrião, será nos dias 18 e 19.
A viagem do presidente americano ocorrerá dias depois da vitória do republicano Donald Trump sobre a democrata Kamala Harris nas eleições presidenciais dos EUA e deve ser um dos últimos compromissos internacionais de Biden antes do fim do mandato em 20 de janeiro de 2025.
Havia uma negociação para que o presidente Lula tivesse uma reunião bilateral com Biden em Belém, cidade que receberá a COP 30 no ano que vem, encontro da ONU para mudanças climáticas. Entretanto, o encontro entre os líderes não está confirmado -Lula, que havia sido convidado para a Apec, cancelou a viagem após o acidente doméstico no último dia 19.
Nesta quinta, Biden fez seu primeiro discurso após a derrota de Kamala, prometendo uma transição pacífica e dizendo que a eleição foi justa e transparente. A relação entre o Brasil e os EUA deve passar por mudanças com a vitória de Trump -Lula havia dito que torcia por Kamala e chegou a sugerir que a volta do ex-presidente ao poder nos EUA seria “nazismo com outra cara”.
Já nesta quinta, o presidente brasileiro disse que Trump tem de pensar como um habitante do mundo, quando questionado sobre a possibilidade de o republicano deixar o Acordo de Paris.
E se ele pensa como o governante do país mais importante, mais rico do mundo, que tem mais tecnologia e que é melhor preparado do ponto de vista bélico, ele tem de ter a noção de que os Estados Unidos estão no mesmo planeta que eu estou –e que uma ilha de 300 mil habitantes”, disse.
Folhapress