As áreas petrolíferas próximas ao arquipélago de Abrolhos, no Sul do litoral da Bahia, ficaram sem ofertas na 16ª Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios da Agência Nacional do Petróleo (ANP), feita pelo governo, nesta quinta-feira (10).
Ao menos 1,1 milhão de pessoas assinaram três petições contra a inclusão de blocos localizados no entorno do Parque Nacional Marinho. A intenção era pressionar pela retirada dos blocos que ficam na bacia Camamu-Almada, no entorno de Abrolhos, área com a mais rica biodiversidade do Atlântico Sul. Os documentos foram entregues, nesta quarta-feira (9,) ao Congresso Nacional e ao Ministério Público Federal (MPF).
Um dos motivos de luta dos ambientalistas é a preservação das mais de 1.300 espécies de animais do parque, além das populações tradicionais formadas por indígenas, pescadores e quilombolas que dependem da exploração sustentável dos recursos naturais da área para sobreviver.
A justiça da Bahia decidiu que a ANP poderia oferecer as sete áreas do litoral baiano, mas deveria informar aos participantes do leilão que a região estava sob judice, o que poderia inviabilizar a atividade petrolífera.