Atlético de Alagoinhas e Bahia de Feira fazem taça ‘migrar’ para o interior

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O site Infoescola explica o êxodo urbano como o “abandono de uma população da área urbana, indo em sentido ao campo, à zona rural”. É mais ou menos isso que aconteceu com a final do Campeonato Baiano de 2021. Não dá para levar ao pé da letra, já que Feira de Santana e Alagoinhas não são exatamente zonas rurais, mas a migração no sentido da capital para o interior do estado reforça a classificação.

Ainda de acordo com o Infoescola, o êxodo urbano normalmente é justificado por “questões econômicas, de disponibilidades de recursos ou qualidade de vida”. Nesse caso, a mudança para o interior aconteceu por méritos de Bahia de Feira e Atlético de Alagoinhas.

Os finalistas do estadual deixaram oito times para trás, o que inclui Bahia e Vitória, representantes da capital, e vão fazer a primeira decisão da história do Campeonato Baiano entre dois times do interior.

Até então, apenas três times de fora de Salvador venceram o Campeonato Baiano: Fluminense de Feira (1963 e 1969), Colo-Colo (2006) e Bahia de Feira (2011). O quinto título, agora, é só questão de tempo.

A taça de 2021 pode fazer o Tremendão igualar o Touro com duas conquistas e equilibrar a rivalidade local, ou colocar o Carcará como novidade na lista dos campeões.

Esse é o objetivo de Albino Leite, presidente do Atlético de Alagoinhas. O clube já fez história ao ser o primeiro do interior a chegar em duas finais consecutivas no Baianão. Derrotado pelo Bahia em 2020, ele não pretende deixar o título escapar dessa vez.

“O título é uma consequência de trabalhos e metas. E essas metas estão sendo alcançadas. Estamos trabalhando para isso e faltam apenas dois passos para chegar em mais uma”.

De acordo com o mandatário, a montagem do elenco do Atlético é o diferencial que levou o time até a final. Albino aponta que o Carcará passou a conseguir boas campanhas quando mudou a estratégia de construção do elenco.

“A maioria de nossos atletas são jovens que estão em busca de um sonho. São oriundos do Intermunicipal, do sertão baiano, e nunca tiveram uma oportunidade. O Atlético dá essa oportunidade. Abrimos mão de ter uma estrela para forma uma constelação”, disse.

Novo cenário

Para Jodilton Oliveira, presidente do Bahia de Feira, a primeira final com dois clubes do interior mostra que o Campeonato Baiano pode estar em fase de transição para um novo cenário. “Enquanto o Vitória estiver nessa crise financeira, passando por dificuldades econômicas, e o Bahia achando que é o todo poderoso, continuar usando o sub-23, eu acho que a tendência é o fortalecimento dos clubes do interior”, afirmou Oliveira.

O mandatário do Tremendão explicou ainda a importância que o título tem para as equipes do interior da Bahia. E disse acreditar que a final de 2021 é exemplo e motiva os outros clubes a buscar o crescimento para também chegar lá.

“Se para Bahia e Vitória o estadual não tem valor, eu acho ótimo, porque para mim tem um valor grande. É título para o clube, é vaga direta na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil. Competições que vão engrandecer a nossa marca e nos ajudar financeiramente”, afirmou.

Ao falar sobre a campanha deste ano, Jodilton reforçou que os resultados já são colhidos há algum tempo, mas indicou a mudança de treinador como fator novo em 2021.

“Queríamos um treinador de fora e depois de algumas pesquisas encontramos em Oliveira Canindé um perfil que agradava a gente”.

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