Até o mês de outubro, com o Programa Bolsa Família e o Auxilio Emergencial, mais de 43,9 milhões de benefícios eram pagos para famílias sem situação pobreza e extrema pobreza no país, agora, esse número caiu para 14,5 milhões.
Para o secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia, Carlos Martins, “o Auxílio Brasil é devastador, apenas no Nordeste, mais de 50 mil famílias estão sem nenhum tipo de benefício de transferência de renda, a maior exclusão social da história do Brasil. Ele deixa a população mais vulnerável sem nenhum tipo de assistência, num momento em que a fome voltar a assolar o país, em que o desemprego não para de crescer, o preço dos alimentos sobe assustadoramente e a economia está em uma crise profunda”, afirmou.
Segundo Martins, o Auxílio Brasil tende a aumentar a crise e a exclusão social, especialmente nos estados nordestinos, onde se encontra a maior parcela da população em situação de pobreza e extrema pobreza. Na Bahia, estima-se que mais 1,5 milhão de famílias estão desprotegidas pelos programas de transferência de renda do Governo Federal.
“O governo federal não divulga os dados com clareza, então é possível que o número de pessoas desassistidas seja ainda maior. Estamos testemunhando uma sequência de ações deliberadas que massacram a população pobre, estamos falando de famílias inteiras que não tem o que comer, que não tem garantido um direito básico do ser humano”, afirmou o secretário.
Carlos Martins ainda classifica o Auxilio Brasil como um programa eleitoreiro. “Acabar com o Bolsa Família e com o Auxílio Emergencial é uma decisão política, com viés absolutamente eleitoral, que desestrutura o Sistema Único da Assistência Social – SUAS, contribui para o aumento da mortalidade infantil e da evasão escolar. O Auxilio Brasil é mais um ato inconsequente e eleitoreiro de presidente Jair Bolsonaro. O novo programa não tem regras claras, leva os beneficiários ao contato direto com a Caixa e não tem recursos para ser mantido, promovendo ainda mais insegurança social nesse período tão delicado”.
Fonte: Bahia.ba