O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou ao canal da Revista Oeste que apoiará Davi Alcolumbre (União Brasil) para o cargo de presidente do Senado. A declaração foi dada nesta sexta-feira (24).
O apoio a Alcolumbre seria pelos benefícios que os bolsonaristas poderiam ter para pautar votações estratégicas. Ele já conta com o apoio de sete bancadas, além de seu partido, para a eleição que acontece em 1º de fevereiro: PSD, MDB, PT, PL, PP, PDT e PSB.
Juntos, os partidos somam 69 dos 81 senadores e são precisos apenas 41 para garantir a eleição.
Bolsonaro afirmou que ‘não acredita’ em uma mudança de comportamento de Alcolumbre, que não pautou os impeachments de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) quando ocupou a presidência da Casa, mas que o projeto que concede anistia aos condenados pelos atos do dia 8 de janeiro pode ser pautado na sua ausência.
“Acho que, uma vez eleito, o comportamento (de Alcolumbre) não vai mudar muita coisa. Mas, ele tá eleito. Nosso erro foi tentar eleger o Rogério Marinho em 2023. Só que, quando perdemos, ficamos sem mesa diretora e comissões. Se você quer convocar um ministro, não consegue. Estamos negociando uma primeira-vice-presidência. Aí, na ausência do Alcolumbre, consegue colocar em votação a Anistia. O que fazem com essas pessoas presas é tortura. No total, sem comissão e vagas na mesa, seremos zumbi, já que mais de cem cargos irão para outros partidos”, declarou o ex-presidente.