A maior parte dos estudantes de medicina no Brasil é formada por pessoas brancas. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (30) durante a apresentação do estudo Demografia Médica no Brasil 2025, feito pelo Ministério da Saúde em parceria com a Faculdade de Medicina da USP e a Associação Médica Brasileira (AMB).
A pesquisa utilizou informações do Censo da Educação Superior de 2023, elaborado pelo Inep, e considerou estudantes matriculados do primeiro ao sexto ano da graduação.
Os brancos representam 68,6% dos alunos de medicina no país. Em seguida, aparecem os pardos (25,7%), pretos (3,5%), amarelos (1,8%) e indígenas (0,4%).
Outros recortes
O levantamento também mostra que as mulheres são maioria entre os matriculados, com 61,8% — um aumento de 8,1 pontos percentuais em relação a 2010. Os homens representam 38,2%.
Quanto à idade, 60,9% dos estudantes tinham até 24 anos. Alunos entre 25 e 29 anos somam 25,3%, enquanto os de 30 a 34 anos são 6,7%, e os acima de 35 anos representam 7,1%.
No critério de origem escolar, 66% dos alunos cursaram o ensino médio em escolas privadas, e 34% em públicas.
Entre os 266.507 estudantes matriculados em medicina em 2023, 77,7% frequentavam faculdades privadas e 22,3% estavam em instituições públicas. Dessas, 39,3% dos alunos faziam parte de programas de reserva de vagas. Já nas privadas, 23% utilizavam financiamento estudantil.