Uma operação com o objetivo de apurar fraudes e corrupção em contratos de transporte público firmados entre 2013 e 2016 pelo Município de Rio Claro, em São Paulo, cumpriu mandados de busca e apreensão em residências e empresas em São Paulo e Camaçari, na Bahia, na terça-feira (19). Intitulada ‘Operação Passe Livre’, a ação foi feita pelos Ministérios Públicos estaduais de São Paulo e Bahia, por meio dos Grupos de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaecos). Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Camaçari, sendo apreendidos equipamentos eletrônicos e documentos.
Segundo o MP-BA, a investigação apurou ainda atos de lavagem de dinheiro. João Carlos Kenji Chinen, sócio-proprietário da empresa Rápido São Paulo Transportes, com a qual o Município de Rio Claro mantinha os contratos, e Fábio Luiz Queiroz, operador financeiro do empresário, tiveram a prisão preventiva decretada. Os contratos renovados visavam, por exemplo, à concessão de vale-transporte para deficientes físicos para idosos e para servidores públicos municipais. Com uso de certidões falsas, a empresa renovou contratos que lhe permitiram receber dos cofres públicos municipais mais de 15 milhões de reais. Também foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão nos Municípios de Rio Claro, Sumaré e na capital paulista.