Uma reunião tensa hoje entre o fim de manhã e o início da tarde marcou esta terça-feira, 8, na Câmara Municipal de Candeias, na Região Metropolitana a 46 km de Salvador.
No fim do ano passado, os vereadores, por unanimidade, aprovaram o reajuste dos vencimentos dos funcionários comissionados elevando de aproximadamente R$ 21 mil para R$ 30 mil o gasto de cada um dos 17 gabinetes, excluindo os à disposição da Mesa Diretora – presidente, vice, e os dois secretários que possuem direito a mais cargos – a partir deste mês. Cada vereador tem direito a 13 assessores com salários que variam de aproximadamente R$ 1.100 a R$ 3.000, uns com direito a RTI – Regime de Tempo Integral, que pode dobrar esses valores.
Depois da eleição, parte dos vereadores que apoiaram a mudança e da Lei de iniciativa do Legislativo e que matéria ‘intra-corporis’, ter sido sancionada pelo prefeito Pitagoras Ibiapina (que não poderia interferir em decisão interna da Câmara), e publicada do DO de 28 de dezembro, eles querem a revogação da mesma, o que somente pode ocorrer com convocação extraordinária da presidente recém-empossada Lucimeire Magalhães. Outros querem a manutenção do reajuste.
A decisão iguala 13 dos 17 vereadores porque os 4 da Mesa Diretora têm direito a verba maior, e muitos consideram que houve erro ou precipitação na votação no ano passado, pois somente a partir de março é que se sabe o valor do duodécimo – verba destinada ao Legislativo no orçamento Municipal tendo como base o ano anterior.
Esse é o primeiro embate que enfrenta a nova presidente que precisará de habilidade para a condução da questão.
Há quem diga que mantido o reajuste, existe o risco de ser ultrapassado o teto de gasto da Câmara de Candeias com pessoal, que é 70% (setenta por cento), já primeiro ano de mandato de Lucimeire Magalhães.
Segundo informações obtidas nos bastidores, o prudente teria sido esperar este ano para decidir sobre o aumento para os comissionados, como é feito com os efetivos que têm data-base em janeiro, mas somente em março recebem ou não o reajuste.
Da reunião de hoje, apenas o vereador e ex-presidente Fernando Calmon não participou. Em contato por telefone, ele explicou a ausência pois foi resolver problemas pessoais inadiáveis.
O vereador Gil Soares não atendeu as ligações nem retornou.
A convocação da sessão extraordinária depende da presidente.
Fonte:Tudo News