Implementado esse ano e com auxílio decisivo em 53 prisões na capital, o reconhecimento facial feito pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) faz com que até mesmo pessoas que já tiveram passagem pelo sistema penal sejam “rastreadas” em locais públicos.
De acordo com a comunicação da pasta, uma vez que uma pessoa com “passagem pela polícia” é identificada pelas câmeras, agentes vigiam a atividade do “suspeito” em locais públicos como o Aeroporto de Salvador e as estações de Metrô. Ainda de acordo com a secretaria, nesses casos não há abordagem, apenas um rigor para manter a segurança.
O sistema, que é importado, aponta que a pessoa capturada pela imagem é porcentualmente semelhantes com alguma fotografia que está no banco de dados da SSP. Em casos que há mandado de prisão em aberto, a abordagem e a conferência é feita manualmente por agentes, seja conferindo a cédula de identidade, ou através da impressão digital.
O “big brother” da segurança pública está em diversos pontos da capital e, segundo o governo, deve chegar a 65 cidades a Região Metropolitana de Salvador e do interior do estado. Em Salvador, os pontos conhecidos são aeroporto, rodoviária, estações de metrô e mais recentemente o Centro Histórico, que seria mantido em sigilo, mas foi descoberto após divulgação de uma prisão.
Perguntada sobre a política de privacidade do equipamento, a SSP informou que abastece seu banco de dados através da confecção de carteiras de identidade. A pasta não respondeu se compartilha os dados com outros órgãos do governo ou de fora da gestão.