Os representantes do Sindicato dos Cordeiros (Sindicorda) e as entidades do Carnaval de Salvador chegaram a um acordo das garantias e valor das diárias para a categoria durante a folia momesca neste ano. Um dos principais eventos do Brasil, o Carnaval da capital baiana terá início no dia 8 de fevereiro.
De acordo com Matias Santos, o presidente do Sindicorda, a reunião interna com a entidade que representa os donos dos blocos aconteceu na última quarta-feira (10), na Central do Carnaval, no Shopping da Bahia. Eles estipularam a diária mínima no valor de R$ 80.
“Levando em conta blocos de samba, afros, de porte menor, a gente estabeleceu o mínimo, que é R$ 80, sabido que alguns podem pagar R$ 90, R$ 100, acima do piso. (…) Pra dar condições aos blocos pequenos, que não têm condição de pagar, fizemos esse acordo pra que a gente não desequilibrasse a economia local”, disse Matias ao g1 Bahia.
Blocos com maior magnitude vão dar como bonificação R$ 50 a mais ou uma cesta básica para cada trabalhador. Segundo o presidente do Sindicorda, os donos dos blocos ainda alegam que a retomada do Carnaval ainda está impactada por causa da pandemia da Covid-19.
Esse é 34% acima do valor pago no último Carnaval. Garantias como Equipamentos cessão de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), fornecimento de água e lanches, um contrato por escrito e outras atribuições, todas asseguradas pelo MPT-BA, também foram debatidas no encontro.
Vale destacar que o pedido inicial do Sindicorda era de R$ 150 por diária. Em 2023, 15 mil cordeiros receberam um valor mínimo de R$ 60.
Ele ainda destaca que a categoria ainda possui pendências com a Prefeitura da capital baiana. Os cordeiros pedem o munícipio organize pontos de apoio nos diferentes circuitos da folia.
“Pra que o cordeiro tenha um local pra se vestir, trocar de roupa, um complemento alimentício, porque a gente sabe que um biscoito e duas águas não são suficiente. A gente também provoca a prfeitura no sentido de questionar: pra onde vai a contrapartida social do poder público?”.