O estudante australiano Alek Sigley, de 29 anos, foi expulso da Coreia do Norte após semanas tido como desaparecido e tendo ficado dez dias sob custódia do governo. As autoridades da ditadura norte-coreana o acusam de atos de espionagem, segundo anunciou um veículo da imprensa estatal neste sábado (6).
Após ser solto, Sigley viajou para o Japão na quinta-feira (4), com escala no aeroporto de Pequim. Ele estava detido desde 25 de junho, segundo o governo, por fazer propaganda anti-Coreia na internet.
A agência oficial de notícias norte-coreana KCNA indicou que Sigley havia “admitido honestamente que esteve espionando, coletando nossas informações internas e compartilhando-as com outros e nos pediu reiteradamente perdão por ter infringido nossa soberania”.
O braço do governo o acusa de coletar e disseminar informação, “incluindo fotografias e análises”, usando seus preceitos como estudante internacional.
“O governo da Coreia do Norte demonstrou sua contenção humanitária e o deportou de seu território em 4 de julho”, acrescentou a agência.
Sigley, que fala fluentemente o idioma local, dirigia uma empresa especializada em tours pela Coreia do Norte. Casado com uma japonesa, o australiano administrava várias páginas nas redes sociais contando sobre a vida diária no país e colaborava com veículos internacionais como NK News.
Na sexta (6), já em território japonês, o jovem disse que estava em segurançae pretendia retornar à vida normal.