A deputada federal Erika Hilton (PSOL) acionou a Organização das Nações Unidas (ONU) após ter sua identidade de gênero desrespeitada ao solicitar um visto diplomático dos Estados Unidos. Segundo ela, o documento foi emitido com o gênero masculino, contrariando seus dados oficiais e sua identidade como mulher trans.
A denúncia, protocolada nesta terça-feira (29), reúne apoio de mais de 150 entidades e parlamentares. No texto, Hilton acusa o governo americano de violar direitos humanos ao alterar arbitrariamente o gênero de pessoas trans em documentos emitidos por outros países. “É meu direito, como parlamentar brasileira, ter minha identidade e inviolabilidade diplomática respeitadas em missão oficial, mesmo nos EUA”, afirmou nas redes sociais.
O grupo também apresentou uma petição à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, solicitando a correção imediata do visto, com o reconhecimento do gênero feminino. A representação é assinada por parlamentares como o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), a deputada chilena Emilia Schneider e a senadora uruguaia Bettiana Díaz.
Entenda o caso
No último dia 16 de abril, Erika Hilton denunciou transfobia ao ter sua identidade de gênero modificada para “masculino” no visto diplomático emitido para participação em um evento na Universidade de Harvard e no MIT, nos EUA.