Um protesto contra as medidas restritivas de combate ao coronavírus na Holanda, resultou em várias pessoas feridas por disparos policiais na sexta-feira (19) em Roterdã. Os manifestantes queimarem um veículo da polícia e lançarem pedras contra as forças de segurança.
Dezenas de pessoas foram presas e sete ficaram feridas, incluindo policiais, durante o confronto em uma rua comercial do porto de Roterdã.
Os protestos foram uma resposta às novas restrições impostas e aos planos do governo de restringir o acesso de pessoas não vacinadas a alguns lugares públicos.
Um novo lockdown parcial e uma série de restrições sanitárias foram anunciados na semana passada pelo primeiro-ministro holandês, Mark Rutte. Com a nova medida, os bares e restaurantes devem fechar às 20h, pelo menos até 4 de dezembro.
Pedras e fogos de artifício
De acordo com um comunicado da polícia local, a manifestação começou na rua Coolsingel e “terminou em distúrbios. Fogos foram avistados em vários lugares. Fogos de artifício foram lançados e a polícia disparou vários tiros de alerta”.
Segundo a imprensa holandesa, centenas de manifestantes lançaram pedras contra a polícia e incendiaram diversas motocicletas elétricas.
A polícia holandesa usou um canhão de água para dispersar os manifestantes em Haia no dia em que as medidas foram anunciadas. Mais de 20 pessoas foram detidas.
No último sábado, a polícia também deteve 15 pessoas em uma cidade do norte depois que eclodiram confrontos entre as forças de segurança e centenas de pessoas indignadas com o fechamento prematuro de bares devido à pandemia.
As autoridades locais emitiram uma ordem de emergência proibindo o acesso à área do protesto para evitar mais violência.
Volta das restrições
A Holanda voltou a implementar restrições após uma nova alta de casos de Covid-19, com mais de 21 mil novas infecções registradas na sexta-feira.
O governo holandês disse que vai rever a situação em 3 de dezembro e está estudando excluir as pessoas não vacinadas de bares e restaurantes, embora o plano enfrente forte oposição no parlamento.