Israel atacou nesta segunda-feira (14) uma área no norte do Líbano, o que pode apontar para uma expansão dos alvos em sua guerra contra militantes do Hezbollah, matando ao menos 21 pessoas, segundo informações de autoridades de saúde do país.
De acordo com informações do portal InfoMoney, até agora, o foco principal das operações militares de Israel no Líbano vinha sendo o sul, o Vale do Bekaa, no leste, e os subúrbios de Beirute.
O ataque aconteceu na cidade de maioria cristã de Aitou e teria atingido uma casa que havia sido alugada para famílias deslocadas de outras regiões, disse o prefeito da cidade, Joseph Trad, à Reuters. Além das mortes, oito pessoas ficaram feridas, disse o Ministério da Saúde libanês.
Foguetes do Hezbollah
Segundo o jornal The Times of Israel, o Hezbollah respondeu disparando vários mísseis balísticos em direção a Tel Aviv durante o dia alarmes soaram em diversas regiões do país.
No meio da manhã, cerca de 10 foguetes foram atingiram a área de Haifa, mas as forças israelenses disseram que a maioria foi interceptada, enquanto alguns caíram em áreas abertas. No meio da tarde, uma barragem de 15 foguetes foi disparada em direção a Karmiel, na Galileia, sendo que um deles atingindo um veículo estacionado, incendiando-o, mas sem deixar feridos.
No início da noite, três foguetes disparados do Líbano fizera soar sirenes numa ampla faixa de Israel incluindo Netanya, Tel Aviv e Holon e dezenas de cidades vizinhas. Não foram relatados feridos, mas as IDF afirmaram que estavam respondendo os ataques, atingindo os lançadores no Líbano em resposta.
Nesta tarde, os militares disseram ter matado Muhammad Kamel Naim, chefe do conjunto de mísseis antitanque da força de elite Radwan do Hezbollah, em um ataque aéreo em Nabatiyeh, no sul do Líbano.
Desde 7 de outubro de 2023, o conflito entre Israel, Hamas e Hezbollah escalou dramaticamente após um ataque surpresa do Hamas a Israel, que resultou em centenas de mortes e sequestros de civis.
O governo israelense declarou estado de guerra e iniciou uma campanha de bombardeios em Gaza, visando a infraestrutura do Hamas e suas capacidades militares. Esse ataque marcou um dos piores episódios de violência na região em anos, exacerbando as tensões já existentes e gerando uma crise humanitária em Gaza.
O Hezbollah, que opera no Líbano e é apoiado pelo Irã, começou a intensificar suas atividades na fronteira com Israel, realizando ataques e disparando foguetes em apoio ao Hamas.
A comunidade internacional tem expressado preocupações sobre a escalada do conflito e suas consequências para a estabilidade regional, enquanto esforços diplomáticos para um cessar-fogo enfrentam desafios significativos.