A oxidação dos grampos de ferro que sustentam as duas extremidades da ponte do terminal marítimo de Madre de Deus provocou o desabamento da estrutura, no domingo, 14, na cidade litorânea da Grande Salvador.
Foi essa a conclusão parcial da perícia feita, na tarde desta segunda-feira, 15, pelo Departamento de Polícia Técnica da Bahia (DPT-BA), segundo o perito criminal João Paulo Junqueira, responsável pela inspeção no local do acidente.
Conforme o especialista, durante a visita, a perícia identificou a corrosão dos grampos que permanecem sustentando uma das extremidades da ponta – o que, supõe ele, se repete na extremidade que rompeu.
Para confirmar a hipótese, que ele dá como certa, um mergulho será feito para checar a situação dos grampos que romperam e finalizar o exame pericial.
Manutenção
“Fato é que foi a oxidação, provocada pela maresia, que derrubou a ponte. A gente não sabe de quanto em quanto tempo aquilo era trocado”, afirmou Junqueira, explicando que o sobrepeso foi outro fator que, combinado com a oxidação, resultou no desabamento.
Alvo de reforma em 2013, o terminal náutico de Madre de Deus passou por manutenção em março e abril do ano passado, de acordo com o superintendente da Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart), João Maurício Paraíso.
A Sinart é a empresa responsável por administrar o espaço. Para isso, além da passagem da travessia, que varia entre R$ 3 e R$ 3,50, ela cobra, no embarque, R$ 0,90 por trecho de viagem.
Peritos do DPT visitaram atracadouro na tarde desta
Supostas causas
Segundo o superintendente da Sinart, uma investigação está sendo feita por um perito contratado pela empresa, a fim de identificar as causas do acidente, que não deixou feridos. “O que eu posso dizer é que a empresa vai sanar todo o problema”, disse Paraíso, afirmando que “existem indícios” de uma causa para o acidente.
Ele preferiu não revelar, entretanto, quais indícios seriam esses, “para não gerar contradição depois”.