Acionistas principais da Braskem, Novonor (ex-Odebrecht) e Petrobras devem definir até o final do mês a oferta de ações preferenciais da petroquímica. O próximo passo será a apresentação da proposta aos investidores interessados, devendo ocorrer a definição de preço ainda em janeiro.
As duas empresas vendedores possuem um total de 155 milhões de ações preferenciais, equivalentes a mais de R$ 8,8 bilhões ao preço atual de bolsa. Esse bloco representa 20% do capital total da petroquímica. Quem tem ação preferencial tem direito a receber antes os dividendos. Tanto Novonor como a petrolífera já sinalizaram a desistência do modelo de venda anterior, em que procuraram um único comprador para os papeis.
Ao mudar do modelo de venda de controle, a Novonor negociou novos prazos com os bancos credores. A ex-Odebrecht terá cerca de mais três anos para vender por completo as ações ordinárias – que dão direito a voto no Conselho de Administração. A Petrobras deve seguir o mesmo prazo.
As controladoras têm consenso sobre a migração da Braskem para o novo mercado, segmento com as mais altas exigências de transparência e direitos aos acionistas da bolsa brasileira. Após a venda dos papeis preferenciais, Novonor e Petrobras ficarão com 55% do capital da Braskem. Serão ainda acionistas majoritárias. Fonte: Exame