A pena de censura imposta ao procurador Deltan Dellagnol por criticar o senador Renan Calheiros (MDB-AL) nas redes sociais foi mantida pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O voto contra Dellagnol foi puxado pelo relator do caso, Kássio Nunes, que foi acompanhado pelos ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.
“Ae Renan for presidente do Senado, dificilmente veremos reforma contra corrupção aprovada. Tem contra si várias investigações por corrupção e lavagem de dinheiro. Muitos senadores podem votar nele escondido, mas não terão coragem de votar na luz do dia”, escreveu Dallagnol em seu Twitter em janeiro de 2019.
A defesa do procurador recorreu ao direito à liberdade de expressão, de acordo com a coluna Mônica Bergamo, da Folha. Mas o STF considerou que críticas diretas de um procurador a um político são problemáticas, pois podem passar a impressão de que o Ministério Público tem lado.