O aumento de homicídios ocorridos na Bahia logo após o registro de assassinatos de policiais pode ter relação com “revanche”. A afirmação é do secretário estadual de Segurança Pública, Maurício Barbosa, que ressaltou, em coletiva nesta quarta-feira (1º), o trabalho realizado pelos comandos para conter estas reações.
“Não podemos descartar que em alguns desses fatos houve a participação de grupos de extermínio, que já estão sendo acompanhados pelos nossos órgãos de inteligência, para a prática de delitos pessoais”, disse.
No final de semana que compreendeu os dias 9 e 10 de junho, após a morte do policial militar Gustavo Gonzaga da Silva, 44 anos, no complexo do Nordeste de Amaralina, a capital e as cidades vizinhas registraram cerca de 30 homicídios.
Em tempo, o titular da SSP-BA destacou que, em um contexto geral, diversas pessoas se dedicam à prática de homicídios, com diferentes motivações.
“SENSAÇÃO DE TERROR” – Segundo Maurício Barbosa, os envolvidos nestes grupos esperam momentos de comoção para agir. “Eles esperam um determinado momento em que há uma grande comoção pública. Seja no município, seja no bairro, seja em toda a polícia para causar uma sensação de terror, ou até de cumprir seus objetivos pessoais, como se isso tudo fosse pela morte de um policial”, observou.
O secretário também apontou o perfil dos integrantes destes grupos. Vigilantes particulares não autorizados, ex-policiais e policiais foram citados por Maurício Barbosa.