Edição do ‘Licor do Jegue’ de 2019, uma tradição de 19 anos na cidade de Serra Preta, na Bacia do Jacuípe a 155 km de Salvador, que tem 16 mil habitantes, promete ser uma das mais animadas de todos os tempos ou, pelo menos, igualar aos anos de melhor apresentação e desempenho.
Animados, os organizadores, o Rei Lula e a Rainha Miriam, que desfilam há mais de uma década, e aqueles centenas ‘forrozeiros’ que acompanham a festa popular e tradicional, que entre as muitas, engrandecem a cultura popular na rica região do semiárido baiano.
Em rápida conversa com a professora Andréa Pinheiro, uma das idealizadoras do Licor do Jogo, a expectativa de todos que contribuem para a organização e daqueles que prometem desfilar é, como sempre muito alta, de uma apresentação com glamour, destreza e alegria e que cresce a cada ano.
A saída do Licor do Jegue vai ser às 15h deste domingo, 30, da Fazenda Amazonas, de Isaac Suzart, que, com apoio do Clube de Futebol Alternativo, da família Lima, especialmente da filha artista plástica Rosalice Lima, ao perceberem em 2002 a grandiosidade do evento, deram brilhantismo ao que começou com a iniciativa popular e hoje enobrece e enaltece os serra-pretenses.
História
A festa ‘Licor do Jegue’ começou exatamente no ano de 2001 quando a professora Andréa Pinheiro, o locutor Jurandir Kuim, conhecido por Bilé, o eletricista Celival Souza, Valderi Ferreira, o Gaúcho, e Maria do Socorro, visualizaram um vazio nas ruas e na cidade no dia posterior à Festa de São Pedro, tradicional no município e na região realizada no dia 29 de junho. Detalhe: o desfile ocorre no dia posterior ou no primeiro fim de semana após o dia de São Pedro, mas sempre num domingo, mas não necessariamente no dia 30.
Por coincidência, assim como vai ser amanhã, o primeiro ano era um domingo, também 30 de junho de 2001.
Reunidos e com um jumento, animal conhecido no Nordeste brasileiro por jegue, e passaram a distribuir licor aos que trafegavam pelas ruas da sede de Serra Preta. O produto foi colocado em vasilhames grandes pendurados no lombo do jegue. Já no ano seguinte, a ‘brincadeira’ cresceu, desenvolveu e, ao invés de uma dezena de pessoas, foram centenas e hoje são milhares que desfilam e acompanham o desfile.
O Licor do Jegue ganhou tanto em proporção como representatividade popular que a partir dessa grandeza e logo no começo, a Prefeitura apoia com estrutura sem, porém, interferir na organização, no conteúdo e conceito do evento que fica por conta da iniciativa popular.