As vendas do comércio físico brasileiro recuaram 1,5% em março no comparativo com o mês anterior, de acordo com o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian. A queda foi disseminada, mas o setor de veículos, motos e peças teve o tombo maior (-7,8%). O único segmento com expansão foi o de Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas – apenas 0,9%.
Na comparação março de 2021, a atividade do comércio cresceu 0,1%. O setor de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática, bem como o de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, foram os únicos a registrar aumento, marcando 21,1% e 27,4%, respectivamente.Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o comércio ainda não conseguiu voltar aos níveis de venda pré-pandemia e deve continuar enfrentando desafios ao longo do ano.
“Com a instabilidade econômica que temos hoje no país, os comerciantes estão encontrando dificuldades para se reerguer, aumentar as vendas e otimizar o fluxo de caixa. Os altos níveis de desemprego, o encarecimento dos insumos e da taxa de juros afetam diretamente o poder de compra dos consumidores brasileiros, tornando o cenário de retomada mais complexo também para os donos de negócios”.