Medina conquistou o título de 2018 antes mesmo de vencer o Billabong Pipe Master, etapa havaiana do circuito mundial. Ainda durante a semifinal, o paulista, natural de São Sebastião, superou o sul-africano Jordy Smith por 16.27 contra 15.83 pontos. Com isso, ele conquistou não só uma vaga na final, como eliminou antecipadamente as chances do australiano Julian Wilson, segundo lugar no ranking, de ultrapassá-lo.
Na bateria seguinte, Wilson eliminou o onze vezes campeão mundial Kelly Slater por 14.20 contra 11.17 pontos, garantindo a segunda vaga da bateria final. O último confronto do dia, no entanto, foi vencido por Medina, por 18.34 contra 16.70 pontos.
A vitória no Pipe Master foi a terceira de Medina este ano. O agora bicampeão já tinha vencido o Tahiti Pro, disputado na perigosa onda de Teahupo’o, e o Surf Ranch Pro, na piscina de ondas artificiais que Kelly Slater e sócios construíram na Califórnia (EUA).
Natural da praia de Maresias, no litoral paulista, Medina venceu seu primeiro título mundial em 19 de dezembro de 2014, também no Havaí. Hoje (17), ao deixar a água após vencer Smith ainda durante a semifinal, Medina foi cercado pela torcida, amigos e parentes que acompanhavam a bateria da areia. O brasileiro disse que 2018 foi um ano intenso, durante o qual teve que trabalhar muito. “Estou muito feliz. Não tenho palavras”, disse Medina momentos antes de vencer Wilson e ficar também com a taça de campeão do Pipe Masters.
Outro brasileiro que sai consagrado do Havaí é o guarujaense Jessé Mendes, 25. Com a derrota de Jordy Smith, Mendes é o campeão da tradicional Tríplice Coroa Havaiana – trinca de campeonatos que ocorrem na temporada de ondas no Havaí durante o mês de dezembro. Em entrevista à WSL, Mendes declarou ser difícil de acreditar que conquistou o prestigiado título, disputando contra os melhores atletas do mundo.
No total, os surfistas brasileiros ganharam nove das 11 etapas deste ano, impondo a hegemonia verde-amarelo na categoria profissional masculino. Além das três vitórias de Medina, o potiguar Ítalo Ferreira, 24, venceu três etapas (Austrália, Portugal e Keramas, na Indonésia); o paulista de São Sebastião, Filipe Toledo, 23, ganhou duas (Brasil e África do Sul), e o catarinense Willian Cardoso, 32, a de Uluwatu, também na Indonésia. As únicas duas etapas não vencidas por brasileiros este ano foram conquistas por Julian Wilson, que, assim, termina o ano na segunda posição no ranking que tem Filipe Toledo na terceira posição e Ítalo Ferreira no quarto lugar.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br