Funcionários e terceirizados da Petrobras realizam na manhã desta sexta-feira (19), no Trevo da Resistência, um protesto contra a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada em São Francisco do Conde, na região metropolitana de Salvador. Segundo o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), do Sindipetro Bahia e funcionário da RLAM, Deyvid Bacelar, o ato também conta com a presença de representantes de todos os sindicatos petroleiros do Brasil.
O ato é contra a venda da RLAM e seu sistema logístico, que é composto pelo Terminal de Madre de Deus, tubovias, entre outros. Deyvid sinaliza que até o fim do protesto, o foco é também mobilizar a população e conscientizar sobre qual seria o futuro dos funcionários e da sociedade após essa venda.
A venda da RLAM inclui quatro terminais de armazenamento: Candeias, Itabuna, Jequié e Madre de Deus; além de um conjunto de oleodutos extensos e curtos que somam 669 km e interligam a refinaria e os terminais.
Os atos já ocorreram na Refinaria Abreu e Lima (PE), nas usinas de biodiesel de Montes Claros (MG), Candeias (BA), na Refinaria Presidente Vargas (Repar), na Araucária Nitrogenados e na Refinaria Alberto Pasqualini.
A Refinaria Landulpho Alves foi a primeira do Sistema Petrobrás, em 1950, e a segunda do país com capacidade de processamento que permitiu o desenvolvimento do primeiro complexo petroquímico planejado no Brasil e o maior complexo industrial do Hemisfério Sul, o Complexo Petroquímico de Camaçari. O local permite a produção de 333 mil barris ao dia, sendo responsável por 14% da capacidade total do Brasil em 2018.