A desembargadora Sandra Inês Rusciolelli, presa na operação Faroeste sob a acusação de vender sentenças, e seu filho, o advogado Vasco Rusciolelli, movimentaram cerca de R$ 2,8 milhões entre junho de 2017 e novembro de 2019, de acordo com a denúncia formulada contra ambos, um produtor rural e mais dois advogados pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo. A movimentação, considerada suspeita, foi identificada pela Unidade de Inteligência Financeira – UIF.
Na denúncia, Araújo assinala que, como outros bens em posse de mãe e filho, o dinheiro apresenta “atipicidade em relação à atividade econômica do cliente ou incompatibilidade com a sua capacidade econômico-financeira” e ressalta que comprovantes da movimentação dos recursos – com saques, depósitos e transferências – foram descobertos durante ação de busca e apreensão realizada na mansão de sua propriedade localizada na Praia do Forte, hoje avaliada em R$ 4 milhões, depois de sofrer uma reforma da ordem de R$ 158,5 mil, pagos de forma parcelada e em espécie.
Na denúncia, feita à Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), os cinco são acusados de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, por envolvimento na negociação e venda de decisões judiciais proferidas pela magistrada do Tribunal baiano. A vantagem indevida negociada chegou a R$ 4 milhões, dos quais, R$ 2,4 milhões teriam sido efetivamente pagos à desembargadora por intermédio de seu filho, segundo a subprocuradora-geral da República.
Fonte: Política Livre