Estresse relacionado ao trabalho e a insatisfação profissional podem aumentar o risco de fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca. A descoberta é de estudo publicado no último dia 14 no Journal of the American Heart Association. Altas demandas e prazos apertados foram os aspectos analisados pelos pesquisadores em relação ao impacto de tensão no trabalho.
A fibrilação atrial é caracterizada pelo ritmo irregular e rápido do coração, incluindo sintomas como palpitação, fraqueza, falta de ar e dor no peito. A doença atinge de 2 a 4% da população mundial e pode levar ao acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e outras complicações cardiovasculares.
Pessoas com alto estresse e que perceberam um desequilíbrio entre esforço-recompensa tiveram um risco 97% maior de fibrilação atrial, em comparação com os trabalhadores não afetados pelo estresse.
A nova pesquisa é a primeira a examinar a combinação desses dois fatores estresssores. “Reconhecer e abordar estressores psicossociais no trabalho são necessários para promover ambientes de trabalho saudáveis que beneficiem tanto os indivíduos quanto as organizações onde trabalham.” afirma Xavier Trudel, epidemiologista ocupacional e cardiovascular e professor associado da Universidade Laval, em Quebec, no Canadá, em comunicado à imprensa.