A baiana Vicky Santos tem apenas 15 anos e um sonho comum ao de milhares de pessoas: se tornar uma grande modelo e desfilar na temporada de moda internacional, quem sabe para a Victoria’s Secret. Seu pontapé inicial na carreira foi organizar duas rifas — sorteando um perfume e um relógio — em São Francisco do Conde, na Bahia, onde mora. O objetivo era juntar dinheiro, viajar para São Paulo e participar do concurso “The Look of The Year”.
Deu certo, a jovem conseguiu arrecadar R$ 1.500 e foi a campeã da seletiva realizada com 25 candidatas no último ano.
“A ideia da rifa foi dos meus pais, que estão desempregados e queriam me ajudar com a viagem. Meu sonho desde pequena é ser modelo. Vejo as revistas, os programas de televisão e sempre quis trabalhar com isso”, conta Vicky.
“Já estou batalhando por essa carreira há algum tempo e hoje sinto que estou próxima de realizar esse sonho. Sou muito agradecida por tudo o que tem me acontecido e tenho orgulho do caminho que estou seguindo e da minha origem, da minha família e da ajuda que tive de todos”, diz ela, que tem apenas uma irmã.
Além da oportunidade de poder representar o Brasil em passarelas internacionais, a vencedora tem a chance de se preparar para o mercado de trabalho por meio de trabalhos disponibilizados pela Joy Model. A agência realizou seletivas em 50 cidades para encontrar sua “new face” –a nova cara da moda.
A adolescente estava em Salvador quando soube do concurso. Além de estudar, Vicky faz alguns trabalhos como modelo em sua cidade e na região.
“A minha vida aqui em São Francisco do Conde é bem tranquila. Meu sonho é me profissionalizar e construir uma carreira.”
Com 1,84 m, Vicky sofreu e ainda sofre bullying por causa do peso e altura, mas não liga.
“Beleza é um conjunto de formas, de estilo, de personalidade, delicadeza, educação e um espírito generoso”, garante ela, que também defende que lugar de mulher é onde ela quiser.
“Acredito que, nós, mulheres temos que ocupar o espaço que quisermos na sociedade. A capacidade e a força de vontade são de cada indivíduo e não estão relacionadas ao gênero da pessoa”, diz empoderada.