Bahia jogou melhor que o Cruzeiro até o minuto 75, diz Rogério Ceni

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Bahia perdeu a invencibilidade em casa no Campeonato Brasileiro ao ser derrotado pelo Cruzeiro por 2 a 1, de virada, nesta segunda-feira (15), na Arena Fonte Nova.

Jean Lucas abriu o placar, mas Sinisterra e Gabriel Barbosa viraram o jogo para os mineiros e encerraram a série de dez partidas sem derrotas do Tricolor em Salvador na Série A desta temporada.

Na coletiva após o apito final, Rogério Ceni lamentou a desatenção que resultou no gol da virada e afirmou que o time foi superior até o momento do empate.

Até o minuto 75 ninguém faria essa pergunta. Dominamos o Cruzeiro o tempo inteiro. Tivemos a chance de matar a jogada duas ou três vezes e não conseguimos. Depois vem um drible fora do normal do Matheus Pereira, a bola bate na trave e sobra. E, em seguida, tomamos o gol em bola parada”, disse.

“Hoje, diferente do que aconteceu contra o Fluminense, nós jogamos. Aí, quando sofremos o empate, perdemos a confiança e não levamos mais perigo”, acrescentou.

Ceni ainda ressaltou que não pode culpar o grupo de forma generalizada, mas destacou que faltou tomada de decisão em momentos cruciais.

“Não posso ser injusto com os jogadores. Fomos muito superiores durante quase todo o jogo. O Cruzeiro só existiu nos últimos 15 minutos. Mas não se pode deixar um jogador conduzir e finalizar sem pressão. Isso é decisão individual dentro de campo”, ponderou.

Ceni defende Cauly e elogia Sanabria

Entre os destaques da entrevista, Rogério Ceni saiu em defesa de Cauly, criticado mais uma vez pela torcida.

“Se a gente tivesse desistido do Ademir, quando tinha caixão na frente do CT, ou do Kanu, não estaríamos aqui. Cauly tem condição de jogar, sim. Por isso entrou no segundo tempo, numa função diferente. É um bom jogador, não dá para crucificar por causa de um resultado”, afirmou.

Do lado positivo, a atuação de Mateo Sanabria recebeu elogios. O argentino, titular pela primeira vez, mostrou personalidade, venceu seis dos sete dribles que tentou e foi apontado como destaque da equipe.

“Ele melhorou bastante na adaptação ao sistema, mas ainda sente fisicamente. Foi o nosso ponto alto hoje, pena que nenhuma jogada se transformou em gol. Usamos até o limite. Contra um time físico como o Cruzeiro, ele foi o destaque”, analisou Ceni.

Preocupação com a reta final

O técnico também demonstrou preocupação em relação ao acúmulo de lesões e comparou o cenário atual com o de 2024, quando o Bahia fez grande primeiro turno e caiu de rendimento na segunda metade do Campeonato Brasileiro.

“Se nós jogarmos da maneira que jogamos hoje contra o Cruzeiro, que é o 2º colocado. Se nós tomarmos conta do jogo, como foi hoje, e nós dominarmos o jogo, como foi hoje, eu não tenho receio”.

“Agora, claro que nesse momento da temporada algumas peças que estão fora fazem falta. Nesse momento, [eu tenho receio] pelas lesões. Infelizmente é um número maior do que a gente esperava. Mas não foi por falta de preparar um elenco para isso”, concluiu.

Com o revés, o Bahia estaciona nos 36 pontos e se mantém fora do G-4. Agora, o próximo compromisso da equipe será no sábado (20), às 18h30, contra o Ceará, na Arena Castelão, pela 24ª rodada do Brasileirão.

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