Novas testemunhas de acusação e de defesa do caso do artista plástico Arnaldo dos Santos Filho, o Nadinho, são ouvidas nesta sexta-feira (15), em mais uma audiência criminal no Fórum Desembargador Ivan Brandão, em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador. O artista foi morto em 21 abril do ano passado, dentro do seu ateliê, em uma operação policial.
Na última audiência, os policiais envolvidos prestaram depoimento. Além do processo criminal, os policias respondem um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que pode determinar a demissão dos três da corporação.
Os três policiais militares foram indiciados por homicídio doloso (quando há intenção de matar), envolvidos na operação que resultou na morte de Nadinho. De acordo com a Corregedoria da Polícia Militar da Bahia, os militares são alvos de um inquérito instaurado em junho do ano passado. O órgão alegou ainda que a versão apresentada pelos PMs no momento do crime é de que o artista plástico estaria portando um objeto não identificado, semelhante a uma arma, que resultou no confronto dos agentes que efetuaram os disparos. A família alega que Nadinho nunca portou arma de fogo e o único objeto que apresentava no momento da ação foi um pincel.