As secretarias de Educação, de Cultura e Turismo e de Juventude, da Prefeitura Candeias, promoveram o 1º Seminário da cultura dos povos indígenas, e trouxeram como tema: “Índio não é fantasia”, como forma de ampliar as discussões, provocar a reflexão e questionamentos diante do que o índio representa para sociedade, como as pessoas o enxergam, e mais do que isso, do que é ser índio? quais as dificuldades que enfrentam? e porque o índio sempre teve seus direitos relegados?
Além de uma mesa-redonda, no Centro de Formação de Professores, contou com a participação do secretário de Educação, Jair Cardoso, de Cultura, Turismo e Juventude, Cássio Vinícius, da professora Adeilda Souza, diretora do Colégio Estadual Luiz Viana, Cacique Aruã, presidente da Federação Indígena das Nações Pataxó e Tupinambá do Extremo Sul da Bahia – FINTAP, Rafael Pruxá, coordenador Estadual de Educação Escolar Indígena – SEC/Bahia, Jerry Matalawê, coordenador de Política para os Povos Indígenas – SJDHDS/Bahia; e Marilene, uma das representantes da Tribo Tupinambá, do Extremo Sul da Bahia, e professora de Escola Indígena, houve apresentação e venda de acessórios indígenas.
Os participantes da mesa trouxeram contribuições, que resultaram em vários questionamentos, por parte dos professores e estudantes de escolas públicas e particulares do município que estavam assistindo ao evento. Todos relataram fatos marcantes associados aos indígenas, que perpassam por todos os aspectos econômico, social, cultural, ambiental e político.
Na ocasião, o professor, historiador e secretário de Educação, Jair Cardoso, deu uma aula acerca da colonização, fortalecendo a necessidade de valorização e respeito à cultura indígena, e discutiu a Lei n° 11.645 de 2008, que trata da inserção, no currículo oficial da rede de ensino, a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, bem como dos desafios e lacunas existentes nesse sentido.
O professor, historiador e secretário de Cultura, Turismo e Juventude, Cássio Vinícius, apontou elementos essenciais relacionados à cultura indígena e a forma que o Brasil foi constituído, alegando, ainda, que “se o destino assim permitir, faremos mais eventos onde a discussão seja, principalmente, o direito daqueles que sempre estiveram marginalizados e suprimidos pela história, pela sociedade e pelo poder público, a saber: índios, negros, mulheres, gays, lésbicas, transexuais, transgêneros, ciganos, idosos, candomblecistas, portadores de necessidades especiais, dentre outros. Nós, que fazemos parte do poder público, temos a obrigação moral de transformar nosso discurso de inclusão em ação prática”.
O encontro foi encerrado com muito entusiasmo por parte da mesa convidada e de todos os participantes, que ficaram satisfeitos em poder aprender, contribuir e vivenciar um pouco do que é ser índio e conhecer a cultura indígena. O coordenador de Política para os Povos Indígenas, Jerry Matalawê, convidou a todos para dançar e cantar músicas indígenas, de modo a promover a integração e disseminar a energia positiva presente no evento. Essas discussões e momentos são, sem dúvida, fundamentais para o município de Candeias e para a população como um todo.
