Candeias: Seminário discute violência contra a mulher na Câmara de Vereadores

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As principais formas de violência contra a mulher foram discutidas no “1º Seminário de Enfrentamento à violência da Mulher”, realizado nesta segunda-feira (23), na Câmara Municipal de Vereadores. O debate abordou a importância das políticas públicas que podem auxiliar no combate a violência contra a mulher no município. O encontro contou com a participação do Ministério Público da Bahia, da Prefeitura de Candeias, entidades de apoio a mulher do município, da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia, além da Polícia Civil e da Polícia Militar.
No seminário, foram divulgados os dados sobre os casos de violência e feminicídio no município. Em 2018, segundo o levantamento do Centro de Referência de Atendimento à Mulher de Candeias (CRAM), 1.070 casos de violência doméstica foram registrados no município. Já em 2017, foram contabilizados 2.120 atendimentos de violência doméstica e três casos de feminicídio.
Um dos pontos mais discutidos do seminário foi o funcionamento da Delegacia da Mulher durante os finais de semana e a implantação da ronda Maria da Penha. “Esse foi um pleito muito comentado nesse dia. A gente tem que compreender que é uma questão do Estado, do Poder Executivo, da Secretaria de Segurança Pública. Esse pleito tem que ser levado até o governo. Isto é uma necessidade que precisa ser considerada”, explicou a promotora de Justiça, Clarissa Guerra.
Já a secretária Julieta Palmeira ressalta que os órgãos devem trabalhar em conjunto com as polícias Civil e Militar no diagnóstico dos casos e na prevenção. “É uma questão grave, de urgência, onde o governo e sociedade devem estar unidos para superar esse transtorno de vida ou muita das vezes de morte que acontece em Candeias, mas que não acontece só em Candeias. É um problema do Estado e do Brasil. É preciso estar unido governo e sociedade nessa rede de atenção à mulher em situação de violência. Mas é preciso prevenir. Prevenir não quer dizer somente um problema de polícia, ou seja, é fazer proteção, colocar as pessoas na rua para punir e também punir os agressores para prevenir novas violências. Mas também desconstruir essa cultura machista que cria agressores”, disse a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Julieta Palmeira.

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