A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,6% no trimestre encerrado em agosto, marcando o menor índice registrado para esse período na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). O dado foi divulgado nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa revela que a população desocupada caiu para 7,3 milhões, o menor número desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. A taxa de desemprego recuou em relação ao trimestre anterior, quando era de 7,1%, e no mesmo período do ano passado, quando era de 7,8%.
O cenário de baixos níveis de desemprego reflete um mercado de trabalho aquecido, com o total de ocupados atingindo 102,517 milhões, um recorde na série histórica do IBGE. O número de desempregados nos três meses até agosto caiu 6,5% em comparação com o trimestre até maio e 13,4% em relação ao mesmo período de 2023.
No setor privado, o número de trabalhadores com carteira assinada aumentou 0,8%, alcançando 38,642 milhões, enquanto os trabalhadores sem carteira tiveram um crescimento de 4,1%, atingindo 14,239 milhões, ambos recordes históricos.
Além disso, o rendimento médio real das pessoas ocupadas subiu para 3.228 reais, comparado a 3.209 reais no trimestre anterior e 3.073 reais no mesmo período do ano passado.
Apesar do quadro favorável, o Banco Central expressou preocupações com a inflação, impulsionada pelo aumento da renda e pelos preços dos serviços. Em resposta, elevou a taxa básica de juros Selic em 0,25 ponto percentual na semana passada, para 10,75% ao ano, como medida para conter pressões inflacionárias.