Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação (ou custo de vida), calculado pelo IBGE, ficou em 0,03% na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
O indicador apresentou desaceleração (aumentou menos) frente a julho, quando havia sido de 0,18%, ficando também abaixo do verificado em agosto de 2023 (que tinha sido de 0,17%).
No mês, a inflação na RM Salvador foi a 6ª mais alta entre os 16 locais pesquisados separadamente no país, empatada com a do município de Campo Grande/MS (0,03%), e ficou levemente acima da registrada no Brasil como um todo, onde houve deflação (-0,02%).
Dos 16 locais, 8 registraram deflação, segundo o IPCA de agosto, com os menores índices sendo registrados nos municípios de São Luís/MA (-0,54%) e Goiânia/GO (-0,51%), e na RM Belém/PA (-0,40%). Por outro lado, as maiores inflações ocorreram na RM Porto Alegre/RS (0,18%), em Brasília/DF (0,17%) e na Grande Vitória/ES (0,14%).
Com o resultado do mês, o IPCA da RM Salvador acumula alta de 2,68% de janeiro a agosto de 2024. Segue abaixo do índice nacional (2,85%) e é o 7º entre os 16 locais pesquisados. Também continua abaixo do registrado no mesmo período de 2023 (3,44%) e é a menor inflação acumulada, na RMS, em quatro anos: desde 2020, primeiro ano da pandemia (quando o acumulado tinha sido 1,48%).
Nos 12 meses encerrados em agosto, a inflação na RM Salvador acumula alta de 3,71%, desacelerando em relação ao índice de julho (que havia sido 3,86%) e ficando abaixo do acumulado para o mesmo período em 2023 (que tinha sido de 4,41%). Também segue menor do que o acumulado no Brasil como um todo (4,24%), mantendo-se o 4º menor índice entre os 16 locais pesquisados.
O quadro a seguir mostra o IPCA para o Brasil e as áreas pesquisadas, no mês, no acumulado no ano e nos 12 meses encerrados em agosto de 2024.
Inflação de agosto na RMS foi puxada por transportes (1,14%); porém, alimentação teve maior queda mensal em quase 7 anos (-1,44%)
A inflação de agosto na Região Metropolitana de Salvador (0,03%) foi resultado de altas nos preços em 7 dos 9 grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.
Os transportes (1,14%) registraram o maior aumento e exerceram a principal pressão inflacionária no mês, influenciada, principalmente, pelas altas dos combustíveis (4,66%), em especial, da gasolina (4,67%), que foi o item que mais pressionou a inflação na região, e do etanol (8,73%).
Em agosto, os transportes registraram a sua maior alta mensal na RM Salvador desde dezembro de 2023 (1,23%) e o maior índice para o mês em 5 anos, desde agosto de 2019 (1,55%).
O grupo saúde e cuidados pessoais (0,33%) apresentou, em agosto, o 4º maior aumento, mas exerceu a 2ª maior pressão inflacionária. O resultado foi influenciado pelas altas dos produtos farmacêuticos (ou remédios) (0,95%) e do plano de saúde (0,58%)
Por outro lado, apenas dois grupos não registraram aumento médio de preços em agosto, na RMS: habitação (0,00%), que apresentou estabilidade, e o de alimentação e bebidas (-1,44%), que contou com importante queda de preços.
Em relação à habitação, o grupo contou com a queda de preços da energia elétrica residencial (-2,72%), item que mais segurou o IPCA da RM Salvador em agosto. Por outro lado, os aumentos da taxa de água e esgoto (5,43%) e do gás de botijão (1,47%) estiveram entre os mais relevantes para aumentar o índice da região.
Já a redução de preços da alimentação na RMS em agosto (-1,44%) foi a mais intensa para a região em quase 7 anos, desde novembro de 2017 (-1,53%). O grupo registrou deflação pelo segundo mês consecutivo, com uma aceleração na queda frente a julho (quando havia sido de -0,67%).
A principal influência para a queda de preços dos alimentos na RMS veio dos tubérculos, raízes e legumes (-20,79%), em especial, do tomate (-34,98%), da cebola (-21,96%) e da batata-inglesa (-15,33%). Também houve importantes reduções vindas do pão francês (-3,69%) e das carnes (-1,24%).
Dos 10 produtos e serviços cujos preços mais diminuíram em agosto, na RMS, 9 foram alimentos, liderados por tomate, cenoura (-21,98%) e cebola. A única exceção veio do aluguel de veículo (-8,99%).
Todos os 10 produtos e serviços cujos preços mais diminuíram em julho, na RMS, foram alimentos, liderados por cenoura (-25,95%), tomate (-22,31%) e mamão (-12,56%). Além deles, itens que têm pesos importantes nas despesas das famílias, como a cebola (-9,54%), o biscoito (-1,96%) e o queijo (-1,87%), também contribuíram para puxar o IPCA para baixo.
Por outro lado, a banana-prata (12,46%) foi o produto com o maior aumento médio de preços na RMS, em agosto.
Em agosto, INPC da RM Salvador apresenta deflação (-0,09%)
Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) da Região Metropolitana de Salvador registrou deflação (-0,09%). O índice foi inferior ao registrado em julho (0,02%) na região. No Brasil como um todo, porém, a queda de preços foi ainda mais profunda (-0,14%).
O INPC mede a inflação para as famílias com menores rendimentos, de 1 a 5 salários mínimos, sendo a pessoa responsável pelo domicílio assalariada.
No acumulado de janeiro a agosto de 2024, o INPC da RM Salvador acumula alta de 2,38%, ficando aquém do índice do Brasil como um todo (2,80%) e sendo o 3º mais baixo entre os 16 locais investigados. Nos 12 meses encerrados em agosto, ficou em 3,20%, também inferior ao nacional (3,71%) e 4º menor.