Em momento inédito na história do Vaticano, o Papa Francisco rezou sozinho ontem (27) diante da tradicional praça de São Pedro vazia e deu bênção e a indulgência plenária ao mundo em razão da pandemia do novo coronavírus.
No ritual, o pontífice rezou pelo fim do problema mundial de saúde e deu a todos os fiéis a bênção “Urbi et Orbi” (à cidade e ao mundo), concedida extraordinariamente e costuma ocorrer apenas no Natal e no domingo de Páscoa, datas que remetem ao nascimento e à morte de Jesus Cristo.
“Não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente. Agora nós, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te: ‘Acorda, Senhor!'”, disse o religiosa, durante a oração.
O Papa também homenageou as pessoas que seguem trabalhando em meio à pandemia. “É a vida do Espírito, capaz de resgatar, valorizar e mostrar como as nossas vidas são tecidas e sustentadas por pessoas comuns, que não aparecem nas manchetes dos jornais e revistas, nem nas grandes passarelas do último espetáculo, mas que hoje estão, sem dúvida, a escrever os acontecimentos decisivos da nossa história: médicos, enfermeiros e enfermeiras, trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza, curadores, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho…”