A alfândega de Hong Kong informou ter apreendido, em 19 de dezembro, 444 quilos de cocaína líquida embarcada no Brasil como se fosse vinho branco. O valor estimado de mercado, segundo autoridades, é de cerca de 490 milhões de dólares de Hong Kong (pouco mais de R$ 300 milhões ou US$ 62 milhões).
É o maior caso de apreensão de cocaína líquida na história da cidade, avaliou o órgão, citando mais de duas décadas de registros. O achado só foi divulgado nesta semana após serem presos dois homens, de 50 e 38 anos, por suposto envolvimento. Os dois seriam moradores de Hong Kong, mas “não chineses”.
Eles podem ser condenados até a prisão perpétua, pela legislação local. Em comunicado à imprensa, a alfândega detalhou que um dos homens disse ser dono de transportadora, e o outro, desempregado. A nota acrescentou que a seleção do contêiner marítimo de seis metros, para inspeção, havia sido feita com base em análise de inteligência e 37 caixas com sacolas plásticas transparentes chamaram a atenção, do total de 706 identificadas como vinho.
Devido a seguidas apreensões, o Brasil é considerado país de risco elevado, daí também o contêiner ter chamado a atenção. Exatamente um ano antes, na mesma época de festas, foi interceptado outro contêiner marítimo, com 300 quilos de cocaína em meio a um carregamento de frango congelado.