afirmou neste sábado (18) que forças do Hamas atacaram tropas israelenses no sul da Faixa de Gaza, na cidade de Rafah, durante uma operação militar. O episódio representa o primeiro grande teste ao cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, firmado há apenas nove dias.
De acordo com uma autoridade militar israelense, os combatentes do Hamas teriam usado granadas propelidas por foguetes e disparos de franco-atiradores contra soldados israelenses posicionados além da chamada Linha Amarela — área definida como limite de retirada
de Israel no acordo de trégua. O governo de Tel Aviv respondeu com ataques aéreos pontuais na região, alegando autodefesa.
Fontes ouvidas pela imprensa israelense afirmam que houve baixas entre as forças israelenses, embora o número de mortos ou feridos não tenha sido divulgado oficialmente. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convocou para este domingo (19) uma reunião de emergência do gabinete de segurança, com a presença do ministro da Defesa e do chefe do Exército, para discutir o episódio e os próximos passos do país.
O Hamas ainda não confirmou o ataque, mas o alto funcionário do grupo, Izzat Al-Rishq, publicou uma mensagem no Telegram afirmando que os militantes “seguem comprometidos com o cessar-fogo” e acusou Israel de “fabricar pretextos frágeis para justificar seus crimes”.
O novo confronto ocorre em meio a um clima de tensão crescente e desconfiança entre as partes, mesmo após semanas de negociações internacionais que culminaram na trégua. Analistas avaliam que o incidente pode colocar em risco a estabilidade do cessar-fogo e comprometer os esforços diplomáticos em curso para consolidar uma paz duradoura na região.