A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulgou nesta sexta-feira (22), um estudo que detectou que em 2020, 1.031 mulheres morreram vítimas do câncer de mama.
De acordo com a SEI, o dado representa 16,2% do total por neoplasias malignas, ou 13,3% mulheres a cada 100 mil baianas.
Entre todos os tipos de mortes, o câncer de mama foi a terceira principal causa de morte das mulheres na Bahia, em 2020, atrás apenas das causas relacionadas à Covid-19 e os problemas cardiovasculares.
A superintendência informou que se comparar a taxa de mortalidade com a de outros estados, a Bahia é a 16ª entre todas as unidades da federação. O estudo apontou que o resultado é reflexo da incidência reduzida no interior do estado, já que em Salvador a incidência de mortes por câncer de mama era de 20,4 a cada 100 mil soteropolitanas.
Entre 2012 e 2020 houve um crescimento 4,3% médio anual no número de mortes de mulheres por complicações do câncer de mama na Bahia.
Perfil da vítima
O estudo da SEI apontou um “perfil da vítima” do câncer de mama na Bahia. Se observou que a idade acima de 50 anos é um dos principais fatores de risco.
Em 2020, na Bahia, em torno de 72% das mulheres que morreram por causa do câncer de mama tinham mais de 50 anos. Contudo, se observou um aumento de participação e da incidência na população feminina acima de 80 anos.
Embora grande parte dos fatores de risco para a ocorrência da doença seja conhecida, a incidência de novos casos e de óbitos para este tipo de neoplasia é crescente na Bahia.
Mamografias
No estado da Bahia, foram realizados 161,7 mil exames de mamografias femininas no Sistema Único de Saúde (SUS). Entre 2014 a 2020, foram realizadas 1,1 milhão de mamografias pelo serviço.
Os dados mostram que a cada ano, em média, foram 162,3 mil mamografias feitas. Também registravam um movimento ascendente, que indica a ampliação da oferta desse serviço público.
Entre os pouco mais de 161 mil exames de mamografia realizados na rede pública na Bahia, em 2020, pouco mais de 98% tinham diagnóstico negativo para câncer de mama. Isso equivalia a 159 mil diagnósticos negativos na rede pública de saúde.
Por sua vez, os diagnósticos altamente suspeitos ou confirmados para o câncer de mama entre mulheres baianas eram mais 1,7 mil casos.