A Polícia Federal apreendeu mais de R$ 100 mil na manhã de hoje (31), durante a “Operação Pinel”, de acordo com a assessoria de imprensa da corporação.
A ação foi deflagrada juntamente com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar benefícios previdenciários na Bahia.
A investigação desmonta um grupo criminoso, que em conluio com servidores do próprio INSS, manipulava perícias médicas em troca de vantagens financeiras indevidas, para ativar ou manter ativos benefícios previdenciários fraudulentos.
A maioria das fraudes era para benefícios de auxílio-doença. Durante as investigações, conforme a PF, foi revelada uma extensa rede criminosa de despachantes especializados na execução da fraude, em desfavor do INSS.
Eram simuladas doenças incapacitantes ao trabalho, na maioria delas ligadas a transtornos psicológicos. Por isso, a operação levou o nome de “Pinel”.
No total, são cumpridos 26 mandados, sendo 15 de busca e apreensão e 11 de prisão temporária, em diversas cidades da Bahia, dentre elas Salvador, Aratuípe, Vera Cruz e Nazaré.
Também foi determinada pela Justiça Federal a suspensão do exercício da função pública de um médico-perito envolvido no esquema.
O valor do prejuízo estimado com as fraudes já supera os R$ 11 milhões, relacionados a cerca de 200 benefícios previdenciários com suspeita de fraude. A PF estima que, com o avanço das investigações, os números devem aumentar consideravelmente.
Os envolvidos responderão por diversos crimes, dentre eles integrar organização criminosa, estelionato previdenciário, inserção de dados falsos em sistemas de informações, corrupção ativa e passiva, dentre outros. As penas, se somadas, podem chegar a mais de 50 anos de prisão.