Sindicato questiona recomendação do MPF contra vacinação de jornalistas: “somos essenciais para morrer?”

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O presidente do sindicato de jornalistas da Bahia (SinJorba), Moacy Neves, cobrou nesta sexta-feira (21) uma nova resposta do Ministério Público da Bahia sobre a vacinação da categoria.

Representantes do sindicato tiveram uma reunião na última quinta (20) com o MP, na qual apresentaram um levantamento que aponta aumento de 124% na morte de jornalistas, em todo país, em decorrência da Covid-19 só nos últimos quatro meses.

“Mesmo com os números que nós apresentamos aos procuradores na quinta-feira, mesmo a continuidade dos óbitos ocorridos no Brasil e na Bahia, nós vamos continuar sem poder nos vacinar? Nós somos essenciais para morrer? Nós somos essenciais para trabalhar e não somos essenciais para vacinar? É isso que o Ministério Público está dizendo a sociedade?”, questionou Neves.

De acordo com o jornalista, o aumento de 124% nas mortes em 2021 se deve à flexibilização das restrições em relação à pandemia na área. Como a atividade consta como serviço essencial, os trabalhadores saíram do home office e voltaram às ruas.

“Eles foram colocados para trabalhar de volta no presencial. Sem poder se negar, porque o decreto federal 10.288 obriga a gente a trabalhar, porque nós somos categoria essencial. Com o serviço essencial, eu não posso dizer ao meu empregador que não vou trabalhar porque não quero. Então, a gente voltou para rua, voltou para fazer pauta em unidades de saúde, em locais de aglomeração, além de trabalhar dentro de redações ou estúdios fechados. A gente retornou para ambientes de uso coletivo sem estarmos protegidos”, afirma.

Apesar da aprovação na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), os profissionais de imprensa não vão ser vacinados em Salvador por conta de uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF). O órgão, em parceria com o Ministério Público Estadual, pede que a CIB apresente critérios técnicos-científicos para a inclusão dos jornalistas e se “abstenha” de colocar novos grupos fora do plano nacional de imunização do Ministério da Saúde. A secretaria de municipal de Saúde disse que só irá vacinar após essa situação seja esclarecida entre CIB e MPF.

Fonte: Metro1

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