Brasileiros não estão em prisão domiciliar’, garante diplomata chinês

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O ministro conselheiro Song Yang, encarregado de negócios na Embaixada na China, afirmou em entrevista coletiva em Brasília que os brasileiros que estão em Wuhan “não estão em prisão domiciliar”. A cidade, que fica na província de Hubei, é o principal foco do coronavírus.

Conforme o diplomata, todos os países que quiserem buscar seus cidadãos poderão fazê-lo, mas deverão tomar medidas sanitárias, como quarentena antes e após o deslocamento, e providências de apoio logístico para o transporte em voo charter (não comercial).

“Não é muito aconselhável um cidadão [de uma área sob isolamento sanitário] fazer viagem em voo comercial. Temos que tomar cuidado para não servir de instrumento de transmissão”, assinalou.

A cidade Wuhan foi isolada por determinação do governo chinês. Além de voos comerciais suspensos, há barreiras na estrada da cidade que fica no centro do país e o transporte ferroviário também não está em funcionamento.

Song Yang também informou que os chineses que tenham vindo para o Brasil após o surgimento da epidemia foram orientados a ficar duas semanas em quarentena. A Embaixada da China garantiu dar apoio aos chineses que cheguem no Brasil.

Balanço apresentado pela diplomacia chinesa contabiliza que foram registrados 9.830 casos de coronavírus na China e há mais 15.238 pessoas sob suspeita de contágio. Duzentos e treze pessoas foram a óbito, e 218 que apresentaram a doença não estão mais infectadas.

Conforme os dados apresentados pelo encarregado de negócios na Embaixada na China, o coronavírus foi identificado em 22 países (excluindo Twain), totalizando 123 casos e nenhuma morte.

Ainda não há conhecimento científico sobre as causas e cura da doença, e o perfil das pessoas mais vulneráveis. O diplomata observa, no entanto, que “os idosos são mais afetados”.

Histórico do Coronavírus

Os coronavírus são conhecidos desde meados dos anos 1960 e já estiveram associados a outros episódios de alerta internacional nos últimos anos. Em 2002, uma variante gerou um surto de síndrome respiratória aguda grave (Sars) que também teve início na China e atingiu mais de 8 mil pessoas. Em 2012, um novo coronavírus causou uma síndrome respiratória no Oriente Médio que foi chamada de Mers.

A atual transmissão foi identificada em 7 de janeiro. O escritório da Organização Mundial de Saúde (OMS) na China buscava respostas para casos de uma pneumonia de etiologia até então desconhecida que afetava moradores na cidade de Wuhan. No dia 11 de janeiro foi apontado um mercado de frutos do mar como o local de origem da transmissão. O espaço foi fechado pelo governo chinês.

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

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