A ex-presidente autoproclamada da Bolívia Jeanine Áñez foi denunciada pela Justiça do país por sedição (incitação à rebelião) e terrorismo por causa dos protestos realizados em 2019 e que culminaram na renúncia do então presidente Evo Morales.
Conforme o UOL, a decisão, divulgada pela emissora estatal Bolivia TV nesta sexta-feira (12), atinge também cinco ex-ministros e um ex-comandante das Forças Armadas. Conforme o Ministério Público do país, a ordem de prisão foi solicitada por haver “risco de fuga ou obstrução [nas investigações]”.
Nas redes sociais, Áñez afirmou que o processo se trata de uma “perseguição política”. “A perseguição política começou. O MAS [Movimento ao Socialismo, partido de Evo Morales] decidiu voltar aos estilos da ditadura. Uma pena, porque a Bolívia não precisa de ditadores, precisa de liberdade e soluções”, afirmou.
A denúncia contra a ex-presidente foi apresentada por parlamentares e ex-parlamentares do MAS. O partido também é o do atual presidente do país, Luis Arce.
Além de Jeanine Áñez, também são alvos os ex-ministros Yerko Núñez, Arturo Murillo, Álvaro Coímbra, Luis Fernando López e Rodrigo Guzmán, e ainda Williams Kaliman, ex-comandante das Forças Armadas acusado de pressionar Morales a renunciar ao cargo.