O número de ações na Justiça contra planos de saúde chegou a 298.755 em 2024, de acordo com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O volume corresponde a mais que o dobro do registrado em 2020 (141.713 ações), quando o CNJ passou a fazer o levantamento.
Segundo o CNJ, as ações movidas no ano passado foram motivadas principalmente por questões envolvendo tratamento médico-hospitalar (154.857), problemas com fornecimento de medicamentos (47.810) e com reajustes contratuais (47.720). Só nos quatro primeiros meses do ano, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) recebeu 5.648 reclamações de usuários sobre as rescisões, 31% acima do patamar registrado em igual período de 2023.
Em dezembro de 2024 o número de beneficiários de planos privados de assistência médica era de 52 milhões de brasileiros, de acordo com a ANS. Entre 2019 e 2023, a judicialização custou R$ 17,1 bilhões às operadoras, segundo dados levantados pela Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge).