Foi oficializada ontem a formação do Comitê Científico do Consórcio Nordeste, com o intuito de auxiliar os governadores da região na tomada de decisão sobre as ações de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. O conhecimento científico e a pesquisa na área médica garantirão segurança para essas ações.
Com nomes como o do cientista Miguel Nicolelis e o do físico e ex-ministro de Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende, o comitê foi idealizado pelo presidente da entidade, o governador da Bahia, Rui Costa, que faz a primeira reunião oficial com o grupo hoje.
Além de Nicolelis e Rezende, que estarão na coordenação do grupo, integram o Comitê Científico do Consórcio Nordeste médicos, cientistas, físicos e pesquisadores brasileiros reconhecidos internacionalmente.
A comissão fará reuniões periódicas com autoridades científicas brasileiras e de outros países, a exemplo da Itália, da Alemanha e da China, para discutir soluções na tentativa de frear a disseminação de casos da Covid-19. Além disso, o comitê emitirá boletins com todos os números da região relativos à doença e divulgará orientações baseadas nas pesquisas realizadas pelo grupo.
Grupo em formação – O grupo ainda está em formação, mas já conta 13 membros, incluindo um indicado por cada estado da região, e deve permanecer ativo até o final da pandemia.
Presidente do comitê, Rui Costa reafirmou a importância de levar a sério a ameaça à vida trazida pela pandemia.
– É uma guerra. Precisamos de apoio científico para vencê-la – afirmou o governador Rui Costa.
“No momento, a gente deve manter o máximo grau de distanciamento social”
Luiz mandetta, ministro da Saúde, sobre a estratégia para conter a pandemia do coronavírus no país
“Não é possível que todos estejam errados e só o presidente da República esteja certo”
Marco Aurélio Mello, ministro do STF, sobre as falas de Bolsonaro contra as orientações de especialistas
Respiradores recuperados
Achatar a curva do coronavírus, ou seja, tornar o seu auge o menos elevado possível, no gráfico das infecções, é a preocupação dos governos em todo o mundo. Para o Brasil, este resultado virá no início de abril, a depender do comportamento atual com base na campanha #fiqueemcasa. Seguir à risca este cronograma vem concedendo à equipe de profissionais, entre engenheiros e técnicos do Senai Cimatec, a oportunidade de recuperar respiradores mecânicos fora de uso para servirem a pacientes de hospitais e unidades de saúde das redes pública e privada. O trabalho, iniciado este mês, pode recuperar até 120 ventiladores, equipamento decisivo para manter a vida de infectados com chance de curar-se da Covid-19, doença causada pelo contágio do coronavírus.
Desconto na cessão onerosa
Atendendo a antigo pleito da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), a Câmara Municipal de Salvador aprovou ontem, por unanimidade, projeto de lei de iniciativa do Executivo municipal que concede um desconto de 50% do valor da outorga onerosa para os novos prédios que vierem a ser construídos em Salvador. O presidente da entidade, Cláudio Cunha, acredita que a medida gerará um incremento nos postos de trabalho na cidade.
POUCAS & BOAS
A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) anunciou ontem que a guia de trânsito animal (GTA), deixará de ser cobrada a partir de uma decisão da Procuradoria Geral do Estado, tão logo sejam reiniciadas as feiras e leilões após a paralisação imposta como medida sanitária contra a disseminação do novo coronavírus. Com a mudança, os valores só serão recolhidos quando o animal for efetivamente comercializado nos eventos.
O documentário ‘As cores da serpente’, do jornalista e cineasta Juca Badaró, foi selecionado e concorre ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2020, que acontece em São Paulo, ainda sem data definida por causa da pandemia, de acordo com a Academia Brasileira de Cinema, responsável pelo evento. Gravado em Angola, onde Badaró atuou na área da comunicação por dois anos, o documentário tem ainda a assinatura de Renata Matos, que divide com ele a direção da produtora Cinepoetyka, com sede em Lençóis, onde eles moram. O filme relata a trajetória de artistas angolanos que fizeram a maior intervenção de grafite a céu aberto da África.
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